A oftalmopediatria trata as doenças oftalmológicas das crianças e dos adolescentes. A Dra. Mônica Figueiroa recomenda que a avaliação oftalmológica da criança tenha início no seu primeiro mês de vida, com o teste do olhinho, o qual deve ser agendado dentro das 4 primeiras semanas de vida.
A partir do segundo ano de vida, recomenda-se uma avaliação anual até os 8 anos de idade, época que ocorre o encerramento do desenvolvimento visual da criança em nível de córtex cerebral. A identificação de patologias oculares em estágio inicial facilita seu tratamento e evita que a criança tenha algum tipo de déficit no processo de aprendizagem visual (ambliopia), bem como no desempenho escolar.
As doenças oftalmológicas mais comuns em crianças são:
Erros de refração
Miopia, hipermetropia e astigmatismo podem surgir na infância, prejudicando o desenvolvimento da criança.
Glaucoma congênito
O glaucoma congênito provoca lacrimejamento, fotofobia — aversão à luz e ambientes iluminados — e aumento do tamanho dos olhos. Pode evoluir para a cegueira se não for tratado.
Catarata congênita
A catarata congênita provoca o surgimento de uma mancha branca no cristalino lente do olho) e impede a formação de imagens nítidas na retina. É a causa mais comum de cegueira tratável em crianças.
Ambliopia
A ambliopia se caracteriza por uma alteração na visão de um olho, que faz com que o corpo aprenda a enxergar apenas com o outro olho. Costuma estar associada a graves erros de refração, estrabismo ou outras alterações oculares.
Estrabismo
Pacientes estrábicos — comumente chamados de vesgos — apresentam desvio de um dos olhos, provocando um olhar torto que gera prejuízo estético, social e funcional.
Retinoblastoma
É o câncer ocular mais comum em crianças, sendo diagnosticado em média aos 18 meses de idade. Pode ser completamente curado quando diagnosticado e tratado precocemente.
O acompanhamento oftalmológico na infância é muito importante para o crescimento e desenvolvimento saudável da criança.